A Imperatriz Galante
- Título original
- The Scarlet Empress
- Ano
- 1934
- Gênero
- Drama , História
- Diretor
- Josef von Sternberg
- País
- Estados Unidos
- Detalhes
- 104 minutos / preto & branco / som
Sinopse
Uma jovem princesa da Alemanha é enviada à Rússia para se casar com um ambicioso duque. Apesar de não ter gostado de seu marido, simpatizou com o novo lugar e com os soldados russos, tendo um filho.
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Elenco
Comentários
Joseph Von Sterbeng realiza sua obra-prima, recriando, a seu modo, a subida ao trono de Catarina II, da Rússia. O filme é um delírio barroco com cenários entupidos de estátuas retorcidas, ícones bizantinos, colunas espiraladas, móveis rebuscados e majestosas portas de ferro, todo este espaço dramático apanhado, juntamente com os personagens, por uma câmara fluente. O audacioso e sensual exercício de estilo atinge o auge no ritual no casamento de Catarina e Pedro, na Catedral de Kazan, soberbamente iluminado por Bert Glennon – um trecho de Cinema puro. Os figurinos são de Travis Benton e, na direção de arte, além de Hans Dreier, a colaboração dos artistas plásticos Peter Ballbusch e Richard Kolloesz e o próprio Von Sterberg Os tronos parecem coisa de outro planeta, como se fosse um filme de ficção científica. Na montagem, Sternberg abusa das fusões de imagens; a seqüência, bem no início do filme, em que vemos um desenrolar da história de alguns séculos da Rússia, passando por Ivan, o Terrível, e Pedro, o Grande (a futura czarina está ouvindo o pai contar a ela um pouco da história daquele país estranho e distante), é acachapante, brilhante, genial. Na seqüência do casamento da princesa prussiana com o grão-duque – aliás, uma seqüência toda ela impressionante –, Sternberg faz dois ou três big-close-ups do rosto da atriz que ele transformou em estrela, o rosto coberto por um véu branco, de babar, históricos, antológicos. E que beleza, que poder tem aquele rosto, que de fato foi feito para deixar apaixonadas as câmaras de cinema que passassem à sua frente. A interpretação de Marlene Dietrich, principalmente quando faz a tímida e espantada Princesa, é estupenda (prova que nunca foi uma atriz absorvida pelo seu mito, mas consciente das possibilidades de expressão que lhe oferecia seus diretores em especial Sternberg), assim como é excelente atuação de Sam Jaffe, como o Grão-Duque louco. Lodge está perfeito no tipo másculo e durão. A história: Sophia Frederica (Dietrich, excelente no papel), é a filha de um menor alemão príncipe e uma mãe ambiciosa. Ela é trazida para a Rússia pelo Conde Alexei (Lodge) a mando da Imperatriz Elizabeth (Dresser) para se casar com o sobrinho, o Grão-Duque Pedro (interpretado como um imbecil por Jaffe em sua estréia no cinema). Elizabeth arrogante renomeia ela Catherine e reforça a demanda para uma nova edição para uma noiva de um herdeiro ao trono. Infeliz em seu casamento, Catherine encontra consolo com o mulherengo Alexei, que em primeiro lugar, tem como amante Elizabeth. Assim Catherine com descobre isso, ela resolve ter vários amantes e leva todos entre o exército russo para cortejar em seu favor. Quando a velha Imperatriz morre 17 anos após o casamento, Peter sobe ao trono russo e toma medidas contra a sua esposa. Logo Catherine com suas parcelas e exercícios se envolve com um golpe de Estado, iniciando um reinado como Imperatriz que vai deixá-la conhecida na história como Catarina, a Grande O filme é notável por sua iluminação atenciosa e o expressionista projeto de arte do mestre Von Sternberg que cria com maestria o palácio russo. O crítico de cinema Robin Wood disse: ''um ambiente hiper-realista de pesadelo com suas gárgulas, suas figuras grotescas e imagens torcidas em cortações agonizantes, suas enormes portas que necessitam de uma meia dúzia de mulheres para fechar ou abrir. E seus espaços escuros e sombras sinistras criados pelos lampejos de inúmeras velas; seu esqueleto presidindo a mesa do banquete de casamento real são notórios. Intensamente erótico e dirigido com maestria por Josef Von Stenberg, esse filme tornou-se um marco na carreira de Marlene Dietrich, e é até hoje um dos retratos mais grotescos, luxuriosos e controversos do Império Russo. Para Martin Scorsese o diretor ''Joseph Von Sternberg'' foi um dos grandes iconoclastas do cinema mundial. Para Orson Welles o diretor ''Joseph Von Sternberg'' foi um dos mais injustiçados da história do cinema.
Enviado por William